sábado, 19 de abril de 2008

Livros

Olha só gente, eu recebi um e-mail com uma lista de livros que podem ser baixados gratuitamente. Nessa lista, estão clássicos da literatura brasileira e mundial, livros de autores como Machado de Assis, Fernando Pessoa, William Shakespeare, Gil Vicente e outros. A lista tem mais de 180 livros. Quem quiser que eu mande o e-mail, é só falar comigo ok!?

Vou colocar alguns links de livros que são do Romantismo:

A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2023

Iracema -José de Alencar
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2029

O Guarani -José de Alencar
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1843

As Primaveras -Casimiro de Abreu
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2173

Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1734

Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7521

A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1778

O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1786

Cinco Minutos -José de Alencar
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1836

Lucíola -José de Alencar
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2047

A Viuvinha -José de Alencar
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2089


*Claudinha

sábado, 12 de abril de 2008

O ESPÍRITO DA LETRA
(Um poema de "A balada do cárcere")

Ao pé da letra agora, em minha vida
há a morte e uma mulher... E a letra dela,
a primeira, me busca e me martela
ouvido adentro a mesma despedida

outra vez e outra vez, sempre espremida
entre as vogais do amor... Mas como vê-la
sem exumar uma vez mais a estrela
que há anos-luz se esbate sem saída,

sem prazo de morrer na luz que treme?!
O mostro que eu matei deixou-me a marca
suas pernas abertas ante a Parca

aparecem-me em tudo: é a letra M
a da Medusa que eu amei, a barca
sem amarras, sem remos e sem leme...

(Castro Alves)


*Claudinha
Não me deixes!

Debruçada nas águas dum regato
A flor dizia em vão
À corrente, onde bela se mirava:
"Ai, não me deixes, não!"

Comigo fica ou leva-me contigo
"Dos mares à amplidão;
"Límpido ou turvo, te amarei constante;
"Mas não me deixes, não!"

E a corrente passava; novas águas
Após as outras vão;
E a flor sempre a dizer curva na fonte:
"Ai, não me deixes, não!"

E das águas que fogem incessantes
À eterna sucessão
Dizia sempre a flor, e sempre embalde:
"Ai, não me deixes, não!"

Por fim desfalecida e a cor murchada,
Quase a lamber o chão,
Buscava inda a corrente por dizer-lhe
Que a não deixasse, não.

A corrente impiedosa a flor enleia,
Leva-a do seu torrão;
A afundar-se dizia a pobrezinha:
"Não me deixaste, não!"

Gonçalves Dias

Juliana
Aline - Los Hermanos

Oh minha menina, és de tudo que mais belo existe!
Ver tua beleza é esquecer tudo que há de triste!
Tua presença, Aline, é tão sublime quanto o mar e o ar...
Estar sempre ao teu lado é ser amado
E ter pra sempre o teu olhar que faz meu bem querer,
Sustenta meu amor,
Que faz com que a cada dia eu te ame mais.
Sei que a tua boca já beijou a outra que não a minha,
Sei que já amou a outros.
Mesmo assim, Aline, teu carinho me tomou o peito.
Então dedico a ti esta canção,
Tentando em notas dizer
Que eu te amo tanto,
Tentando gritar ao mundo.
Aline, sem você confesso: eu não vivo!
Sem você minha vida é um castigo!
Sem você prefiro a solidão a 7 palmos do chão.


~> Na música vemos expresso o amor doentio, característico da 2ª geração romântica. O poeta exalta a mulher e prefere morrer do que ficar sem ela.

Por Débora Fernandes xD~

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Inocência

Inocência

Eu quero te amar
Eu quero provar
Quero não ter medo
Desses mil sentimentos
Que me vem quando eu te vejo

Eu quero ser capaz
Experimentar você aqui
Saber entender você
Te acalmar
Te amar

Sentir segurança
Quando estivermos longe...
Não, não estaremos nunca longe!
Estará na minha lembrança
Me promete que não muda nunca?

Que sempre estará por perto
Pra me falar coisas tolas
Pra me fazer rir
Com qualquer história
E me sentir boba

Saber também falar sério
Desse jeito que só você sabe
E que me deixa quieta e atenta
Nessa minha eterna agitação
E me faz ponderar

Promete também
Que seus olhos terão sempre mil cores?
E que suas cores vão entender as minhas?
Ah! Esquece. é bobeira.
Não precisa prometer,eu sei que vão!

Quando nos vermos de longe
Vai se aproximar sempre sorrindo assim?
E dizendo que essa felicidade toda é só por mim!
Me enlaçando nos braços
Vamos estar pra sempre abraçados

Mas olha,
Eu sei que o trânsito é ruim
Que você insiste em vir de cavalo branco!
E que se encontra no caminho como me encontro aqui
Mas não demora muito pra chegar? É claro que você existe!

Fernanda Papandrea



Então,minha poesia ;)

acho que tem um pouco haver com a idealização feita no romantismo!

beeijos

ps: Quem comentar ganha um brigadeiro da Luana!!!



(Bob Marley)

Sozinho, meu pensamento focaliza alguém...
Deixo-o livre... e de repente meu coração aperta.

Mas não estou triste, pelo contrário...

Até deixo escapar um sorriso.
Comer não me parece tão importante agora...
Me sinto alimentado por outra coisa.
Acordo sempre com os mesmos pensamentos...

E os mesmos, me impulsional a ter um grande dia.

Quando eu te vejo sinto coisas estranhas, mas boas.
Quando falo com você minha cabeça pensa direito...

Mas minhas palavras saem embaralhadas.

Por que minhas mãos estão suando?

Sozinho meu pensamento focaliza alguém...
E esse alguém é você!

É... estou amando!


[Jéssica]

quarta-feira, 9 de abril de 2008



Sou Você (Caetano Veloso)
Cidade Negra

Mar sob o céu, cidade na luz
Mundo meu, canção que eu compus
Mudou tudo agora é você




A minha voz que era da amplidão
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você




Minha mulher, meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade




Lua no mar, estrelas no chão
A seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você




Levanta o sol do meu coração
Já não vivo nem morro em vão
Sou mais eu porque sou você












:) Por Clarissa (:

Nossos eus



Esses eus de que somos feitos, sobrepostos como pratos empilhados nas mãos de um empregado de mesa, têm outros vínculos, outras simpatias, pequenas constituições e direitos próprios - chamem-lhes o que quiserem (e muitas destas coisas nem sequer têm nome) - de modo que um deles só comparece se chover, outro só numa sala de cortinados verdes, outro se Mrs. Jones não estiver presente, outro ainda se se lhe prometer um copo de vinho - e assim por diante; pois cada indivíduo poderá multiplicar, a partir da sua experiência pessoal, os diversos compromissos que os seus diversos eus estabelecerem consigo - e alguns são demasiado absurdos e ridículos para figurarem numa obra impressa.

Virginia Woolf

[Roberta Monteiro]

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Aula dia 07/04/2008

Na aula do dia 07 de abril, o professor citou que, antes do Romantismo, os artistas eram "amparados" por pessoas de boas posses, ou instituições (como a Igreja Católica), para que pudessem produzir suas obras.
Tal fato era retribuído com a exibição, nas obras, de fatores que interessassem ao mecenas, tais como, pinturas de telas religiosas ou até mesmo em Igrejas, quadros com a face dos "patrões"...

Essa submissão, devida aos mecenas pelos artistas, é exemplificada no livro "Moça com Brinco de Pérola" lido pela turma ano passado. O pintor Vermmer pinta o famoso quadro que intitula o livro devido a um pedido de seu mecenas.

Já no Romantismo, a arte torna-se profissão e os escritores, por exemplo, passam a vender seus livros aos jornais, sob a forma de folhetins. O Romance de Folhetim é considerado o precursor do gênero novelístico pois, nos jornais, era publicado semanalmente. Portanto, a fim de manter os leitores presos à história, o capítulo sempre terminava em um ponto culminante.
Ler os romances era um fato familiar, motivo de reuniões, em que lia-se o folhetim em voz alta a fim de que as mulheres e os não-letrados pudessem apreciá-los. Este era, então, um costume da elite da época.
A ordem, portanto, em que eram dispostos os acontecimentos era bem característica. O clássico brasileiro "A Moreninha" de Joaquim Manel de Macedo, prosa romântica da 1ª Geração, é um exemplo marcante das características citadas: além do fim instigante (citado em sala pelo professor) o romance apresenta capítulos com títulos sugestivos e com introduções que situam o leitor em pontos expressos nos capítulos anteriores. A leitura do livro realça esses aspectos, não comuns na literatura atual, publicada (normalmente) sob a forma de livros impressos completos, ou em séries conexas.

Aline Detoni

domingo, 6 de abril de 2008

(Prefácio aos Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães.)
Pede o uso que se dê um prólogo ao Livro, como um pórtico ao edifício; e como este deve indicar por sua construção a que Divindade se consagra o templo, assim deve aquele designar o caráter da obra. Santo uso de que nos aproveitamos, para desvanecer alguns preconceitos, que talvez contra este Livro se elevem em alguns espíritos apoucados.
É um Livro de Poesias escritas segundo as impressões dos lugares; ora assentado entre as ruínas da antiga Roma, meditando sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a imaginação vagando no infinito como um átomo no espaço, ora na gótica catedral, admirando a grandeza de Deus, e os prodígios do Cristianismo; ora entre os ciprestes que espalham sua sombra sobre túmulos; ora enfim refletindo sobre a sorte da Pátria, sobre as paixões dos homens, sobre o nada da vida. São poesias de um peregrino, variadas como as cenas da Natureza, diversas como as fases da vida, mas que se harmonizam pela unidade do pensamento, e se ligam como os anéis de uma cadeia; poesias d'alma, e do coração, e que só pela alma e o coração devem ser julgadas.
Quem ao menos uma vez separou-se de seus pais, chorou sobre a campa de um amigo, e armado com o bastão de peregrino, errou de cidade em cidade, de ruína em ruína, como repudiado pelos seus; quem no silêncio da noite, cansado de fadiga, elevou até Deus uma alma piedosa, e verteu lágrimas amargas pela injustiça, e misérias dos homens; quem meditou sobre a instabilidade das coisas da vida, e sobre a ordem providencial que reina na história da Humanidade, como nossa alma em todas as nossas ações; esse achará um eco de sua alma nestas folhas que lançamos hoje a seus pés, e um suspiro que se harmonize com o seu suspiro.
Para bem se avaliar esta obra, três coisas releva notar: o fim, o gênero, e a forma.
O fim deste Livro, ao menos aquele a que nos propusemos, que ignoramos se o atingimos, é o de elevar a Poesia à sublime fonte donde ela emana, como o eflúvio d'água, que da rocha se precipita, e ao seu cume remonta, ou como a reflexão da luz ao corpo luminoso; vingar ao mesmo tempo a Poesia das profanações do vulgo, indicando apenas no Brasil uma nova estrada aos futuros engenhos.
A Poesia, este aroma d'alma, deve de contínuo subir ao Senhor; som acorde da inteligência deve santificar as virtudes, e amaldiçoar os vícios. O poeta, empunhando a lira da Razão, cumpre-lhe vibrar as cordas eternas do Santo, do Justo, e do Belo.
Ora, tal não tem sido o fim da maior parte dos nossos poetas; e o mesmo Caldas, o primeiro dos nossos líricos, tão cheio de saber, e que pudera ter sido o reformador da nossa Poesia, nos seus primores d'arte, nem sempre se apoderou desta idéia. Compõe-se uma grande parte de suas obras de traduções; e quando ele é original causa mesmo dó que cantasse o homem selvagem de preferência ao homem civilizado, como se aquele a este superasse, como se a civilização não fosse obra de Deus, a que era o homem chamado pela força da inteligência com que a Providência dos mais seres o distinguira!
Outros apenas curaram de falar aos sentidos; outros em quebrar todas as leis da decência!
Seja qual for o lugar em que se ache o poeta, ou apunhalado pelas dores, ou ao lado de sua bela, embalado pelos prazeres; no cárcere, como no palácio; na paz, como sobre o campo da batalha, se ele é verdadeiro poeta, jamais deve esquecer-se de sua missão, e acha sempre o segredo de encantar os sentidos, vibrar as cordas do coração, e elevar o pensamento nas asas da harmonia até às idéias arquétipas.
O poeta sem religião, e sem moral, é como o veneno derramado na fonte, onde morrem quantos aí procuram aplacar a sede.
Ora, nossa religião, nossa moral é aquela que nos ensinou o Filho de Deus, aquela que civilizou o mundo moderno, aquela que ilumina a Europa, e a América e só este bálsamo sagrado devem verter os cânticos dos poetas brasileiros.
Uma vez determinado e conhecido o fim, o gênero se apresenta naturalmente. Até aqui, como só se procurava fazer uma obra segundo a Arte, imitar era o meio indicado: fingida era a inspiração, e artificial o entusiasmo. Desprezavam os poetas a consideração se a Mitologia podia, ou não, influir sobre nós. Contanto que dissessem que as Musas do Hélicon os inspiravam, que Febo guiava seu carro puxado pela quadriga, que a Aurora abria as portas do Oriente com seus dedos de rosas, e outras tais e quejandas imagens tão usadas, cuidavam que tudo tinham feito, e que com Homero emparelhavam; como se pudesse parecer belo quem achasse algum velho manto grego, e com ele se cobrisse. Antigos e safados ornamentos, de que todos se servem, a ninguém honram!
Quanto à forma, isto é, a construção, por assim dizer, material das estrofes, e de cada cântico em particular, nenhuma ordem seguimos; exprimindo as idéias como elas se apresentaram, para não destruir o acento da inspiração; além de que, a igualdade dos versos, a regularidade das rimas, e a simetria das estâncias produz uma tal monotonia, e dá certa feição de concertado artificio que jamais podem agradar. Ora, não se compõe uma orquestra só com sons doces e flautados; cada paixão requer sua linguagem própria, seus sons imitativos, e períodos explicativos.
Quando em outro tempo publicamos um volume das Poesias da nossa infância, não tínhamos ainda assaz refletido sobre estes pontos, e em quase todas estas faltas incorremos; hoje, porém, cuidamos ter seguido melhor caminho. Valha-nos ao menos o bom desejo, se não correspondem as obras ao nosso intento; outros mais mimosos da Natureza farão o que não nos é dado.
Algumas palavras acharão neste Livro que nos Dicionários Portugueses se não encontram; mas as línguas vivas se enriquecem com o progresso da civilização, e das ciências, e uma nova idéia pede um novo termo.
Eis as necessárias explicações para aqueles que lêem de boa fé, e se aprazem de colher uma pérola no meio das ondas; para aqueles, porém, que com olhos de prisma tudo decompõem, e como as serpentes sabem converter em veneno até o néctar das flores, tudo é perdido; o que poderemos nós dizer-lhes?.. . Eis mais uma pedra onde afiem suas presas; mais uma taça onde saciem sua febre de escárnio.
Este Livro é uma tentativa, é um ensaio; se ele merecer o público acolhimento, cobraremos ânimo, e continuaremos a publicar outros que já temos feito, e aqueles que fazer poderemos com o tempo.
É um novo tributo que pagamos à Pátria, enquanto lhe não oferecemos coisa de maior valia; é o resultado de algumas horas de repouso, em que a imaginação se dilata, e a atenção descansa, fatigada pela seriedade da ciência.
Tu vais, oh Livro, ao meio do turbilhão em que se debate nossa Pátria; onde a trombeta da mediocridade abala todos os ossos, e desperta todas as ambições; onde tudo está gelado, exceto o egoísmo: tu vais, como uma folha no meio da floresta batida pelos ventos do inverno, e talvez tenhas de perder-te antes de ser ouvido, como um grito no meio da tempestade.
Vai; nós te enviamos, cheio de amor pela Pátria, de entusiasmo por tudo o que é grande, e de esperanças em Deus, e no futuro.
Adeus!

Paris, julho de 1836

->Cláudia

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Castro Alves
Os Três Amores

I
Minh´alma é como a fronte sonhadora
Do louco bardo, que Ferrara chora...
Sou Tasso!... a primavera de teus risos
De minha vida as solidões enflora...
Longe de ti eu bebo os teus perfumes,
Sigo na terra de teu passo os lumes,
- Tu és Eleonora...
II
Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu...teu lânguido poeta!...
Sonho-te às vezes virgem... seminua...
Roubo-te um casto beijo à luz da lua...
- E tu és Julieta...
III
Na volúpia das noites andaluzas
O sangue ardente em minhas veias rola...
Sou D. Juan!...
Donzelas amorosas,
Vós conheceis-me os trenos na viola!
Sobre o leito do amor teu seio brilha...
Eu morro, se desfaço-te a mantilha...
Tu és - Júlia, a Espanhola!...
--
O poema "Os três amores " foi escrito por Castro Alves e retrata um diálogo entre as três gerações românticas.Assim,cada estrofe corresponde a representação de um geração romântica.
Na primeira estrofe há a representação do amor cortês,na segunda é representado o excesso do amor e na terceira estrofe o amor é representado de forma atraente.
Ana Vitória
Meu Eu em Você - Victor e Leo
(Letra de Paula Fernandes)

Eu sou o brilho dos teus olhos ao me olhar
Sou o teu sorriso ao ganhar um beijo meu
Eu sou teu corpo inteiro a se arrepiar
Quando em meus braços você se acolheu

Eu sou o teu segredo mais oculto
Teu desejo mais profundo, o teu querer
Tua fome de prazer sem disfarçar
Sou a fonte de alegria, sou o teu sonhar

Eu sou a tua sombra, eu sou teu guia
Sou o teu luar em plena luz do dia
Sou tua pele, proteção, sou o teu calor
Eu sou teu cheiro a perfumar o nosso amor

Eu sou tua saudade reprimida
Sou o teu sangrar ao ver minha partida
Sou o teu peito a apelar, gritar de dor
Ao se ver ainda mais distante do meu amor

Sou teu ego, tua alma
Sou teu céu, o teu inferno a tua calma
Eu sou teu tudo, sou teu nada
Minha pequena, és minha amada
Eu sou o teu mundo, sou teu poder
Sou tua vida, sou meu eu em você




A meu ver, a música retrata o romântico da Segunda Geração. Isto ocorre, principalmente, pelo fato do autor mergulhar na própria subjetividade, havendo um exílio de si mesmo, o qual é a marca mais profunda dessa geração.
> Por Clarissa
Assaltaram A Gramática
(Lulu Santos , Wally Salomão, Gabriel O Pensador)

mais rápido que um pássaro em chamas
capaz de preencher grandes orifícios
sem fazer o menor esforço
apresentando pela 1ª vez, em estréia internacional
assaltaram a gramática
nova fórmula, novo sabor, vitaminado, vai!!!

assaltaram a gramática
assassinaram a lógica
botaram poesia
na bagunça do dia-a-dia

seqüestraram a fonética
violentaram a métrica
botaram poesia
no meio da boca'língua

ooh, ooh só não pode beber com a boca no gargalo
não perca o show do intervalo

lá vem o poeta
com sua coroa de louros, bertalha, agrião, pimentão, boldo
o poeta é a pimenta do planeta

dentro de instantes
os melhores lances do 1º tempo
não perca os piores momentos

assaltaram a gramática
assassinaram a lógica
botaram poesia
na bagunça do dia-a-dia

seqüestraram a fonética
violentaram a métrica
meteram poesia
onde devia e onde não devia

lá vem o poeta
com sua coroa de louro, bertalha, pimentão, agrião, boldo
o poeta é a pimenta do planeta

estupraram a gramática
senhora datilógrafa anota aí na máquina
Zagalo vai mudar de tática
e no intervalo eu quero ver a matemática
dessa pelada
violentaram o 1º tempo
seqüestraram meus melhores momentos
expulsaram a lógica, chutaram a fonética
eu vou de arquibancada ou de cadeira (elétrica)
ô frangueiro, bate logo o tiro de métrica
eu entro de carrinho e faço um gol de bicicleta
(ergométrica). o poeta é a pimenta do planeta
passa essa bola que eu vô meter de letra
eu entro de carrinho e faço um gol de bicicleta
(ergométrica). o poeta é a pimenta do planeta
passa essa bola que eu vô meter de letra
(na bagunça do dia-a-dia)
eu entro em cena
tô na área! se derrubar é pena! pena! pena!
penalidade máxima!!!
se me derrubar! se me derrubar!
eu tô na área, o juíz tem que apitar

lá vem o poeta, o poeta já vem lá
lá vem pimenta, a pimenta já vem lá
pimenta-malagueta pra me alimentar
pimenta-malagueta pro planeta balançar

assaltaram a gramática
assassinaram a lógica
meteram poesia
na bagunça do dia-a-dia

se me derrubar, se me derrubar
eu tô na área, o juiz tem que apitar, juiz

seqüestraram a fonética
violentaram a métrica
meteram poesia
no meio da boca'língua

lá vem o poeta
com sua coroa de louros, bertalha, pimentão, agrião, boldo
o poeta é a pimenta do planeta


> Por Clarissa

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Sereia- Lulu Santos

Clara como a luz do sol
Clareira luminosa nessa escuridão
Bela como a luz da lua
Estrela do oriente nesses mares do sul
Clareira azul no céu
Na paisagem
Será magia, miragem, milagre
Será mistério
Prateando horizontes
Brilham rios, fontes
Numa cascata de luz
No espelho dessas águas
Vejo a face luminosa do amor
As ondas vão e vêm
E vão e são como o tempo
Luz do divinal querer
Seria uma sereia
Ou seria só
Delírio tropical, fantasia
Ou será um sonho de criança
Sob o sol da manhã...

A música de Lulu Santos tem traços marcantes da 1ª geração romântica, pois em toda letra o autor dá características, que são um tanto quanto dignas de admiração, à mulher.Porém no final da música, mais especificamente nos últimos três versos o autor deixa subentendida a pergunta :' seria um delírio ou um sonho?' , o que nos mostra que a tal mulher é totalmente idealizada, o autor não pode tê-la, a não ser em seus sonhos ou delírios.

Luana Maria de Oliviera

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sinta-se livre!


A felicidade às vezes é uma bênção, mas geralmente é uma conquista.





Radical assim, sim. Você gosta do que você é. Você admira quem tem as qualidades que você também acha que tem ou gostaria de ter. Você gosta do que lhe diz respeito, gosta das pessoas que têm seu sangue, das que você elege, das que não ameaçam você. Você e o mundo são assim. Todos os seres humanos são assim, racionalmente.
Na tv, concordamos com quem diz o que nós pensamos. No jornal, damos crédito a quem escreve o que nos representa. No fundo, nós só gostamos de nós mesmos. Leio uma crítica do Ricardo Feltrin e adoro-a. Claro, ela reflete o que eu também penso, tenho que gostar. Dela, a crítica, dele, o crítico. Cada ser humano se sente o centro do mundo, vê tudo sob sua ótica e só ama a si mesmo. Até sua falta de auto-estima prova que seu interesse é só um, ele próprio. Egoístas. Todos somos.
E aí vem o amor.
E dá uma rasteira no nosso ego imbecil.
O amor.
Que subitamente faz com que a gente ame alguma coisa, alguém, que é um não-eu. Não é a mamãe, nem o papai, vovó, titio, filhinho. É outra pessoa. De outra família, outro lugar, que tem outra história. Muitas vezes, é até de outro sexo.
E amamos esta pessoa sem saber como ou por quê.
Porque o amor não é verbo que a gente conjuga na primeira pessoa de forma racional, amor é verbo que faz da gente objeto.
O amor acontece.
E só quem aprende, entende, exercita o amor sabe de sua potência, sua imensidão.
Quem nunca amou, pode achar que sabe mas não sabe.
Amor é único, não parece com nada.
O que mais se parece com amor deve ser chocolate. Ou queijo. Quando a gente tem vontade de comer chocolate não serve mais nada. Só chocolate mesmo.
Queijo é assim também. É uma coisa em si.
No fundo, todo mundo que vive em desamor, de forma pontual ou em longas doses ao longo dos anos, vai ficando amargo. Depois azedo. Depois, podre.
As pessoas ruins, ácidas, infelizes, que não sentem prazer, vivem anestesiadas.
São sempre as mais ranzinzas, as mais chatas, as que alfinetam, as que ferroam sem parar.
Não são rompantes normais da ira, é um azedume que contamina tudo, uma humidade triste de quem vive sem luz, onde o bolor diário da inveja cresce.

É triste, isto. Gente que vive embolorada por dentro, por falta de amor e sol.
Lamento por todas elas.
Porque se elas se lançassem ao amor, mudariam num instante...

[Rosana Hermann]



Aqui é a Beta!! Adorei essa idéia de blog....vamos dar um apoio para ver se dá certo.
Beijos Beijos a todos!
Postem também!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Paraíso

Letra da música Paraíso - Vítor e Léo

Lá no ranchinho da serra, meu paraíso primeiro
Cortas as matas verdejantes e as colinas verdes
Saciando a sede num riacho cristalino

Vai florindo as campinas, cumpre o seu destino
Banhando os meninos que em seu leito vão brincar

Cá na paineira vem cantar o companheiro sabiá
Que exalta os dias com suas canções

Cá no meu ninho, ao despertar, no vão das palhas vem soprar
Um cheiro puro de campinas orvalhadas

Refrão:
Tem uma rede, um perdigueiro e um alazão
E uma morena cheirando a flor do sertão
Tem uma viola para as noites de luar
Cantar em versos para o amor desabrochar

Quando a chuva molha a terra
Florindo as grandes mangueiras

E os piriquitinhos verdes brincam nas palmeiras
E entre as gameleiras pula o feliz tico-tico

Brotam no seio da terra humildes grãos de milho
Verdejando os trilhos onde já muitos brotaram

Cá na paineira...


Nesta letra encontram-se traços característicos da primeira geração do Romantismo, visto que a terra em que se vive é exaltada e valorizada.

Por: Rayssa Martins

Sejam bem vindos!

Olá! Este blog tem como objetivo fazer uma ponte entre o assunto de literatura estudado na sala de aula e as obras literárias presentes no nosso cotidiano, não restringindo-se apenas a textos, mas também a pinturas, canções e afins.
O tema desse bimestre é o ROMANTISMO.
Contamos com a colaboração de todos para enriquecer nosso acervo.